terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Crianças precisam conhecer o BRINCAR para dar sentido aos seus BRINQUEDOS

Se pedirmos para as crianças fazerem uma lista de brinquedos e outra de brincadeiras, pode apostar, a grande maioria vai te dizer o nome de vários brinquedos, mas pouco saberão listar brincadeiras nos seus momentos de diversão.
Sabemos que os brinquedos têm sua importância para o desenvolvimento, até porque ele sempre estrará associado a algo que de alguma forma motiva a criança e a faz imaginar situações e vivenciar interações que este pode lhe proporcionar.
No entanto, sem a brincadeira o brinquedo perde sua função. De que adianta uma corda, se eu só sei brincar de pular de forma individual e contanto até 10?
Será que estamos esquecendo de apresentar para as crianças aquela cantiga antiga que dizia “um homem bateu em minha porta e eu abri, senhoras e senhores, ponha a mão no chão, senhoras e senhores, pule de um pé só, senhoras e senhores, dê uma rodadinha e vá para o olho da rua”, para nossas crianças?
Os Referenciais que estruturam as atividades da Educação Infantil pontuam que “A brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade. Toda brincadeira é uma imitação transformada, no plano das emoções e das ideias, de uma realidade anteriormente vivenciada”.
Para tal afirmação, temos que pensar… o quanto nossas crianças vivenciam momentos de brincar? Quais as sensações lhes são proporcionadas durante esse momento? O que ela aprende através do brincar?
As crianças, neste contexto, estabelecem relações e representações, o que traz vantagens sociais, cognitivas e afetivas na medida em que elas “extrapolam” seu mundo habitual. O brincar também é definido como uma atividade espontânea da criança, a qual se caracteriza pelo prazer, ludicidade e atividade mental (WAJSKOP, 1995).
No momento em que uma criança brinca, ela estabelece uma relação afetiva com o que faz e assim quer compartilhar e vivenciar aquele momento por diversas vezes e com isso ela aumenta o seu potencial de aprendizagem e amplia suas habilidades sociais.
Para isso, é preciso resgatar brincadeiras e apresentar um mundo de brincar e experimentar sensações que nenhum brinquedo substitui.
Separamos algumas brincadeiras simples para que vocês possam apresentar aos pequenos um mundo de possibilidades e diversão, quem sabe assim não aumentamos a lista de brincadeiras das nossas crianças?
Puxa o rabo
Um integrante ficará como o “puxador de rabos”, enquanto os outros tentaram fugir, pois quem fica sem o rabo sai da brincadeira. É só colocar uma fita presa na calça ou short e correr do “puxador de rabos”.
Reizinho mandou ou Boca de Forno
Uma criança será o reizinho e este solicita algumas missões. E este diz: REIZINHO MANDOU! Os outros perguntam: Fazer o que? Aí, o REI manda os participantes buscarem algo. Quem trouxer primeiro, será o novo REI.
Corre cotia
As crianças correm para pegar quem deixou um lencinho atrás dela.  Se quem deixou o lenço conseguir se sentar no lugar que ficou disponível, teremos um novo pegador. Uma forma de pega-pega com cantigas de roda.
“Corre cotia
Na casa da tia
Corre cipó
Na casa da avó
Lencinho na mão
Caiu no chão
Moça(o) bonita(o) do meu coração”
Posso jogar? Simmmm!
Cobrinha
Duas crianças serão selecionadas para segurar a corda e fazê-la rastejar, cada um em uma ponta. Os outros participantes deverão ultrapassar a corda sem tocar nela. Quem pisar na corda, sai do jogo e ganha quem conseguir chegar até o fim sem pisar na corda.
Pique-Fruta 
Uma criança pega e as outras correm, quem for pego deverá falar o nome de uma fruta. Todos devem estar atentos e gravar as frutas faladas, pois se repetir, não terá o direito de se salvar. Podemos fazer variações com  (animais, letras, cores…)
Telefone sem fio
Crianças em roda. Uma delas escolhe a mensagem a ser comunicada e assim vão passando um no ouvido do colega ao lado até que a última pessoa da roda diga qual a mensagem final.
Adoletá
Crianças em círculo, mãos em cima das mãos do colega e à medida que a música vai sendo cantada vão batendo na mão do seu vizinho. As palmas seguem a silabação da música:
“A-do-le-tá
Le peti
Tole tolá
Le café
Com chocolá
A-do-le-tá
Puxa o rabo do tatu
Quem saiu foi tu!”
Quem não conseguir se livrar da última palma, sai do jogo e assim chegaremos a um vencedor.
Coelhinho sai da toca
Serão desenhadas tocas em forma de círculos no chão. Sempre terá uma toca a menos que o número de participantes.
Alguém lidera a brincadeira para dar o comando: – Coelhinho sai da toca!
Nesse momento, todos têm que trocar de toca e alguém ficará sem toca, saindo da brincadeira. A medida que a criança sai da brincadeira, uma toca também será apagada. Ganha quem conseguir ficar na última toca que restar. Parece a dança da cadeira, lembram? As variações podem acontecer com outros animais e pedir que saiam das tocas imitando determinado animal.
Fonte: Michelle Costa Soares | Psicopedagoga Clínica e Institucional | Ilhéus- Ba Professora da disciplina Educação Especial - UNEB/PARFOR Estudante de Neuropsicologia contato: michelleterapiadecrianca@gmail.com IG: @michelleterapiadecriança
http://www.reab.me/criancas-precisam-conhecer-o-brincar-para-dar-sentido-aos-seus-brinquedos/

O que há por trás das crianças indisciplinadas?



Indisciplina. Grande dilema e grande problema. Algumas vezes não nos damos conta dessa atitude, até quando já é tarde demais, quando as reações dos nossos filhos já não nos causam mais o sorriso e sim uma careta de preocupação ou irritação. Um não, uma manha, uma reação que desafia a nossa autoridade ou a dos educadores. Como resolver esses problemas? Ou, mais ainda, o que provoca esses comportamentos nas crianças? Vamos ver a seguir.

Por trás da indisciplina

Os educadores e profissionais em matéria educativa nos advertem: por trás de uma criança indisciplinada há, efetivamente, um modelo educativo incorreto. Temos que ter isso claro à medida que as crianças crescem e vão buscando nossos limites, e querem dispor da sua própria autonomia, sem compreender ainda as regras da sociedade. Podem ser tornar exigentes e autoritárias, incapazes de lidar com a frustração, demandantes contínuos de atenção, objetos, e direitos.
São crianças que não foram controladas e que não tiveram limites estabelecidos. A indisciplina é, em essência, uma falta de controle e de orientação por parte dos que têm a responsabilidade de educar. É verdade que cada criança é única, que dispõe de uma personalidade própria e de um caráter que, com certeza, não é igual ao caráter do irmão, por exemplo.

No entanto, é tarefa de nós todos, como pais, mães, avós, professores ou psicólogos, enquadrar cada comportamento a tais limites, onde temos que aprender a viver em sociedade, respeitando uns aos outros em harmonia. Se uma criança não vê os limites, não deixará de encontrar mais e mais frustração, porque jamais verá suas necessidades e desejos cumpridos. Não saberá respeitar os demais, nem mesmo a si mesma.
fonte:http://amenteemaravilhosa.com/ha-tras-das-criancas-indisciplinadas/