sexta-feira, 30 de maio de 2014

Roteiro básico para Plano de Aula
 Abelhudo
(Cada aula obedecerá a um plano específico)                      

1- Plano de Aula: Data:
2-  Dados de Identificação:
Escola:
Professor (a):
Disciplina:
Série:
Turma:
Período:

3- Tema:
- o tema específico a ser desenvolvido nesta aula
- conceito fundamental: referência sucinta de base historiográfica que sustenta o tema

4- Objetivos: a serem alcançados pelos alunos ; objetos da avaliação (item 8); 

Objetivo geral: projeta resultado geral relativo a execução de conteúdos e procedimentos

Objetivos específicos: especificam resultados esperados observáveis (geralmente de 3 a 4).
OBS.: começa-se sempre com verbos indicativos de habilidades como, por exemplo:
ao nível de conhecimento – associar, comparar, contrastar, definir, descrever, diferenciar, distinguir, identificar, indicar, listar, nomear, parafrasear, reconhecer, repetir, redefinir, revisar, mostrar, constatar, sumariar, contar;
ao nível de aplicação – calcular, demonstrar, tirar ou extrair, empregar, estimar, dar um exemplo, ilustrar, localizar, medir, operar, desempenhar, prescrever, registrar, montar, esboçar, solucionar, traçar, usar;
ao nível de solução de problemas – advogar, desafiar, escolher, compor, concluir, construir, criar, criticar, debater, decidir, defender, derivar, desenhar, formular, inferir, julgar, organizar, propor, ordenar ou classificar, recomendar.

5- Desenvolvimento do tema: descrição da abordagem teórica e prática do tema

6- Recursos didáticos: (quadro, giz, retro-projetor, etc.) e fontes histórico-escolares (filme, música, quadrinhos, etc.)

7- Avaliação: pode ser realizada com diferentes propósitos (diagnóstica, formativa e somativa). Discriminar, com base nos objetivos estabelecidos para a aula:
- atividades (ex: respostas às perguntas-problema ao final da aula, discussão de roteiro, compreensão de gravuras, trabalho com documentos, etc.)
- critérios adotados para correção das atividades.


                                                                                                                       By Erika Melo

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Disciplina: Psicologia na Educação

Profª Silvana Gondim    09/05/2014

REFLEXÃO SOCIAL NA EDUCAÇÃO

Currículo dos Urubus


“O Rei Leão, nobre cavalheiro, resolveu certa vez que nenhum dos seus súbditos haveria de morrer na ignorância. Que bem maior que a educação poderia existir? Convocou o urubu, impecavelmente trajado em sua beca doutoral, companheiro de preferências e de churrascos, para assumir a responsabilidade de organizar e redigir a cruzada do saber. Que os bichos precisavam de educação, não havia dúvidas. O problema primeiro era o que ensinar.
Questão de currículos: estabelecer as coisas sobre as quais os mestres iriam falar e os discípulos iriam aprender. Parece que havia acordo entre os participantes do grupo de trabalho, todos urubus, é claro: os pensamentos dos urubus eram os mais verdadeiros; o andar dos urubus era o mais elegante; as preferências de nariz e de língua dos urubus eram as mais adequadas para uma saúde perfeita; a cor dos urubus era a mais tranquilizante; o canto dos urubus era o mais bonito. Em suma: o que é bom para os urubus é bom para o resto dos bichos.
E assim se organizaram os currículos, com todo o rigor e precisão que as ultimas conquistas da didáctica e da psicologia da aprendizagem podiam merecer. Elaboraram-se sistemas sofisticados de avaliação para teste de aprendizagem. Os futuros mestres foram informados da importância do diálogo para que o ensino fosse mais eficaz e chegavam mesmo, uma vez por outra, a citar Martin Buber. Isto tudo sem falar na parafernália tecnológica que se importou do exterior: máquinas sofisticadas, que podiam repetir as aulas à vontade para os mais burrinhos, e fascinantes circuitos de televisão.
Ah! Que beleza! Tudo aquilo dava uma deliciosa impressão de progresso e eficiência e os repórteres não se cansavam de fotografar as luzinhas piscantes das máquinas que haveriam de produzir saber, como uma linha de montagem produz um automóvel. Questão de organização, questão de técnica. Não poderia haver falhas. Começaram as aulas, de clareza mediana. Todo o mundo entendia. Só que o corpo rejeitava….
E assim as coisas se desenrolaram, de fracasso em fracasso, a despeito dos métodos cada vezmais científicos e das estatísticas que subiam. E todos comentavam, sem entender: A educação vai muito mal…
                                              Trecho extraído do livro:
                                 Estórias de quem gosta de ensinar, de Rubem Alves


quinta-feira, 8 de maio de 2014

O sapo e a cobra - (Lenda Africana)

Esta fábula do folclore africano faz-nos refletir como o mundo seria melhor sem os preconceitos que afastam a pessoa.

Era uma vez um sapinho que encontrou um bicho comprido, fino, brilhante e colorido deitado no caminho.
- Olá o que você está fazendo estirada na estrada?
- Estou me esquentando aqui no Sol. Sou uma cobrinha e você?
- Um sapo. Vamos brincar?
E eles brincaram amanhã toda no mato.
- Vou ensinar a você subir na árvore se enroscado e deslizando sobre o tronco – disse a cobra.
E eles subiram.
Ficaram com fome e foram embora, cada um para a sua casa, prometendo se encontrar no dia seguinte.
- Obrigada por me ensinar a pular.
- Obrigado por me ensinar a subir na árvore.
Em casa o sapinho mostrou para a sua mãe que sabia rastejar.
- Quem ensinou isso a você?
- A cobra a minha amiga.
- Você não sabe que a família da cobra não é gente boa? Eles têm veneno. Você está proibido de brincar com cobras. E também de rastejar por aí. Não fica bem.
Em casa a cobrinha mostrou para a mãe que sabia pular.
- Quem ensinou isso a você?
- O sapo meu amigo.
- Que besteira! Você não sabe que a gente nunca se deu bem com a família do sapo e é bom apetite! E pare de pular. Nós cobra não fazemos isso.
No dia seguinte cada um ficou no seu canto.
- Acho que não posso rastejar com você hoje – pensou o sapo.
A cobrinha olhou e pensou no conselho da mãe e pensou: Se chegar perto eu pulo e o devoro.
Mas lembrou-se da alegria da véspera e dos pulos que aprendeu com o sapinho. Suspirou e deslizou para o mato.
Daquele dia em diante o sapinho e a cobrinha não brincaram mais juntos. Mas ficaram sempre ao Sol, pensando no único dia que foram amigos.
  

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Hoje é dia Teatro \O/

 #Facul #SemanaCultural#Terezinha e Gabriela





Teresinha e Gabriela
                                                                                                         Ruth Rocha

Gabriela menina, Gabriela levada.
Ô, menina encapetada…
Gabriela sapeca:
– Menina, como é que você se chama?
– Eu não me chamo, não, os outros é que me chamam Gabriela.
Gabriela serelepe:
– Menina, para onde vai essa rua?
– A rua não vai, não, a gente é que vai nela.
Gabriela na escola:
– Gabriela, quem foi que descobriu o Brasil?
– Ah, professora, isso é fácil, eu só queria saber quem foi que
cobriu.
Gabriela não deixava a professora em paz:
– Professora, céu da boca tem estrelas?
– Professora, barriga da perna tem umbigo?
– Professora, pé de alface tem calos?
Gabriela era quem inventava as brincadeiras:
– Vamos brincar de amarelinha?
Todo mundo ia.
– Vamos brincar de pegador?
Todos concordavam.
Todos queriam brincar com Gabriela.
Foi aí que mudou, para a mesma rua da Gabriela, a Teresinha.
Teresinha loirinha, bonitinha, arrumadinha.
Teresinha estudiosa, vestida de cor-de-rosa.
Teresinha.
Que belezinha…
Os amigos vinham contar a Gabriela:
– Teresinha tem um vestido com rendinha.
– Teresinha tem uma caixinha de música.
– Teresinha tem cachos no cabelo.
Gabriela já estava enciumada:
– Grande coisa, cachos! Bananeira também tem cachos!
Gabriela não queria nem ver Teresinha:
– Menina enjoada, não sabe correr, não suja o vestido, só vive
estudando. Deus me livre!
– Mas ela é boazinha — os meninos diziam.
– Boazinha, nada! Ela é sonsa.
– Mas você nunca falou com ela, Gabriela.
– Não interessa. Não falei e não gostei, pronto!
Mas Gabriela já estava impressionada, de tanto que falavam da Teresinha.
E Gabriela começou a se olhar no espelho e achar o seu cabelo muito sem
graça:
– Mamãe, eu queria fazer cachos nos cabelos.
– Mamãe, eu queria um vestido cor-de-rosa.
– Mamãe, eu queria uma caixinha de música.
E Gabriela começou a se modificar.
Na escola, no recreio, Gabriela não pulava corda e nem brincava de
esconde-esconde.
Ficava sentadinha,quietinha, fazendo tricô.
De tarde, Gabriela não ia mais brincar na rua para não sujar o vestido.
E, à noite, muito em segredo, Gabriela enchia a cabeça de papelotes para
encrespar os cabelos.
Os amigos vinham chamar Gabriela:
– Gabriela, vamos andar de bicicleta?
– Agora eu não posso — respondia Gabriela. — Preciso ajudar a mamãe.
A mamãe de Gabriela estranhava:
– Que é isso, menina? Você não tem nada para fazer agora.
E Gabriela, com ares de gente grande, respondia:
– Eu já estou crescida para essas brincadeiras…
E Teresinha?
O que é que estava acontecendo com Teresinha?
Teresinha só ouvia falar de Gabriela:
– Gabriela é que sabe pular corda.
– Gabriela usa rabo-de-cavalo para o cabelo não atrapalhar.
– Gabriela só usa calças compridas.
Teresinha respondia com pouco-caso:
– Que menina mais sem modos! Deus me livre…
Mas, quando as crianças saíam, Teresinha pedia:
– Mamãe, eu quero umas calças compridas.
E, no fundo do quintal, Teresinha treinava, pulando corda e amarelinha,
para ir brincar na rua, como Gabriela.
E, na primeira vez que as duas se encontraram, a turma nem queria
acreditar.
Gabriela, fazendo pose de moça, cabelos cacheados, sapatos de
pulserinha, vestido todo bordado.
Gabriela empurrando o carrinho da boneca, comportadíssima.
Teresinha pulando sela, assoviando, levadíssima.
As duas se olharam, no começo, desconfiadíssimas.
Depois, começaram a rir porque estavam mesmo muito engraçadas.
Agora, Teresinha e Gabriela são grandes amigas.
Cada uma aprendeu muito com a outra.
Gabriela sabe a lição de história do Brasil, embora seja ainda a campeã
de bolinha de gude.
E Teresinha, embora seja ainda uma boa aluna na escola, já sabia andar
de bicicleta, pular amarelinha, e até já estava aprendendo a fazer suas
gracinhas.
Ontem, quando a professora perguntou a Teresinha:
– Minha filha, o que você vai ser quando crescer?
Teresinha teve dúvidas:
– Vou ser grande, ué!

                


Moral:Podemos concluir assim que a historia da Terezinha e Gabriela transfere para seus leitores, por meios das palavras de Ruth Rocha, a conscientização de que não podemos ter um preconceito de uma pessoas só por aquilo que escutamos falar dela e, além disso, quando nos aproximamos de pessoas com modos diferentes de viver do nosso, podemos ter um grande crescimento pessoal, pois é por meio das diferenças que aprendemos uns com os outros.